segunda-feira, 19 de outubro de 2015

O AMAZONAS ESTÁ QUEIMANDO (CADÊ OS BOMBEIROS?)


Como se fosse sangue que se espalhando pelas veias do corpo humano, o fogo está destruindo feroz e bravamente as matas dos municípios do Amazonas, se espalhando rápido ao sabor do vento e transformando o amanhecer na capital Manaus e todas cidades do interior, em uma cor leitosa e tornando cada vez mais difícil a respiração dos seus moradores de todo o Estado. Excetuando os Bombeiros que ficam de prontidão nos Aeroportos, a maioria dos municípios não possui unidades de combate a incêndio em suas sedes. Para piorar ainda mais, incêndios estão ocorrendo em lojas instaladas no centro da capital e as críticas contra a demora nos atendimentos de combate aos incêndios se multiplicam contra os Bombeiros que negam as demoras denunciadas por quem ver se patrimônio se transformando em fumaça e cinzas.

Nos municípios, com poucas bases físicas, o Corpo de Bombeiros, faz falta para combater o fogo. Eles existem e são obrigatórios para que se funcione Aeroportos para receber aviões com toda a segurança. Mas como no Amazonas existem poucos aeroportos, significa que existem também poucas unidades dos bombeiros, nesses locais. Caso essa exigência não existisse, não haveria nenhuma unidade física dos soldados do fogo existiria em nenhum município. O ex-comandante do Corpo de Bombeiros, Franz Alcântara Marinho, que fazia um trabalho excepcional de estruturação dos soldados do fogo, com várias de suas ideias se espalhando por outas capitais do Brasil, como as motocicletas socorristas para atendimento em acidentes de trânsito, com todos os equipamentos necessários, inclusive extintores de incêndios, foi exonerado por questões políticas pelo governador do Amazonas, Amazonino Mendes e, depois, acusado de desvio de recursos da sua unidade militar, cujo processo caiu no esquecimento.

Isso me remeteu aos ao final dos anos 70 quando, vendia jornais na Banca de jornais coberta, no chamado “Canto do Quintela”, em frente a Ótica São Paulo, do empresário Cláudio, na esquina das Ruas Joaquim Nabuco com a Sete de Setembro. via as viaturas vermelhas do Comando do Bombeiros deixando um prédio pequeno e apertado. A banda em que trabalhava era coberta para proteger-me do sol e da chuva que antes do fenômeno do El Nino e La Nina, eram de seis meses também. Os incêndios eram raros, mas sempre ocorriam em lojas de turcos que funcionavam na Rua Marechal Deodoro, ainda totalmente aberta para o trânsito de veículos e pedestres em busca de adquirir grandes e pesados videocassetes, para revendê-los em suas cidades de origem. Os motoristas das viaturas grandes do Corpo de Bombeiros deviam ser muito bons para manobrá-las dentro de um minúsculo espaço, por isso, quase todas elas já estacionavam de ré ao chegar para facilitar as suas saídas.

Ah, como era gostoso vê-las com as sirenes ligadas e cortando a frente de todos os poucos carros nas ruas abrindo passagem, para os enormes caminhões de água passarem. A sede do Corpo de Bombeiros ficava nas proximidades do ex-Supermercado Casas do Óleo, do empresário Ambrósio Assayag. Não havia sinal que a sirene ligada do Corpo de Bombeiros não furasse para atender ao chamado. Era gostoso vê-los deixando o prédio, uma atrás da outra, dependendo do tipo de incêndio que combateriam, na rua Marechal Deodoro, geralmente na loja de algum turco. Embora com poucos hidrantes naquela época e ainda hoje, os que havia não funcionavam e, quando funcionavam, não possuem água com vasão suficiente para apagar os incêndios. Naquela época, como foca em A NOTÍCIA, tinha a missão de descobrir as causas dos misteriosos e constantes incêndios nas lojas dos turcos. Como na maioria das vezes não existia laudo conclusivo e sempre havia seguro feito dias antes, o jornal passou a chamá-los todos de “Turco Circuito”. Se era verdade ou não essa denominação, o tempo e as pesquisas futuras revelarão. 

Mas voltemos ao que está acontecendo agora, os incêndios nos municípios e à falta de Unidades do Corpo de Bombeiros para atendê-los rapidamente! Os incêndios de hoje em lojas de Manaus, com prejuízos incalculáveis podem ser atribuídos ao calor excessivo e a problemas elétricos com sobrecarga em algum aparelho em tomadas. Mas não sou especialista no assunto e não posso garantir. Mas posso garantir que a não presença de unidades do Corpo de Bombeiros nos municípios do Amazonas é uma vergonha que traz prejuízos a todos. Ah, que saudades do coronel bombeiro e ex-comandante da Corporação, Franz Alcântara Marinho, que foi exonerado e acusado de desvios na corporação, tudo por questões políticas ocorridas na administração do Governador Amazonino Mendes. Talvez se ele tivesse continuado à frente dos Bombeiros e se houvesse vontade política, a maioria dos municípios já teria, pelo menos, uma base física do Corpo de Bombeiros Militar ou Civil, de forma voluntária, com treinamento e preparo para não deixar a floresta pegar fogo e combater os incêndios nos lugares mais distantes dos municípios do Estado. 

6 comentários:

  1. Boa. Ideologia é coo religião. Traz cisma e dissenção..!!!

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  2. E eu não vi nada na mídia! Aqui no Rio um quarteirão explodiu hoje de madrugada, acho que foi a pior explosão ocorrida nesta cidade! Estamos entregues às baratas! Abraços.

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  3. Norma Aparecida Silveira Moraes19 de outubro de 2015 às 15:16

    QUANTA TRISTEZA VER AMAZONIA MORRENDO, AS CONSEQUENCIAS VIRÃO COM CERTEZA. APLAUSOS MIL PELO GRITO DE ALERTA. PAZ E LUZ

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  4. Recentemente liguei pra informar que proxido da ACADEPOL na cidade nova estava tendo um principio de incêndio, e a '' telefonista '' dissecque o corpo efetivo dos bombeiros estava em eventos governamental. Que dizer que o efetivo do bombeiro era pra estar em operação ( apagando fogo ) o comandante ou sei lá quem priorizou um evento governamental.
    Sei o tamanho do trabalho dos soldados pois tenho 2 tios que são bombeiros, e parabenizo-os por tal função.

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  5. Margarida Barral/Portugal22 de outubro de 2015 às 08:32

    Parece até inacreditável,uma situação dessas nesse lugar do mundo...
    Beijo de ALEM MAR

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  6. Oi Carlos, é lamentável ver estas coisas acontecendo e mais lamentável ainda é ver o despreparo e a falta de estrutura para combater estes incêndios. Aqui e Minas tambem estamos passando por maus momentos com as queimadas em varias regiões do estado, que ocorrem anualmente e que causam grandes prejuízos ao meio ambiente e chegam a colocar em risco a´reas urbanas tambem... Deveriamos hpa muito tempo ter investido em estruturas mais eficientes de combate a incêndios, mas isto ainda não foi colocado  na lista de prioridades de nossos governantes, infelizmente...Ate lé, vamos continuar assistindo este filme de terror....

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