quarta-feira, 28 de outubro de 2015

SENTENÇA DE RECIFE NÃO MUDARÁ VIOLÊNCIA NOS ESTÁDIOS!


Enquanto em Brasília o Ministério dos Esportes defende punições mais rigorosas aos torcedores envolvidos em brigas nos estádios durante o campeonato brasileiro, sugerindo até o recadastramento de todos os que pertencem a torcidas organizadas como fórmula capaz de controlar as confusões, recentemente, no Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano, em Recife, o júri popular do 2o Tribunal do Juri, condenou os torcedores Waldir Pessoa Firmo Júnior, 34 anos, Luiz Cabral de Araújo Neto, 30 anos, e Everton Felipe Santiago Santana, 23 anos, por homicídio consumado e três tentativas de homicídios, a mais de 30 anos de prisão, somados. Eles arrancaram um vaso sanitário e arremessaram-no do alto do estádio do Arruda, contra o torcedor Paulo Ricardo Gomes da Silva, matando-o na hora. Todos disseram que não tiveram a intenção de matar e seus advogados de defesa anunciaram que recorrerão da sentença porque a entenderam como muito severa. Contudo, essas três condenações a penas elevadas, não inibirá a violência entre torcidas organizadas. 

Nem as Delegacias dentro dos Estádios, muito menos as câmeras instaladas para identificação dos marginais que usam camisas de times de futebol para cometer barbaridades em nome de um fanatismo idiota, estão conseguindo inibir o animalesco comportamento dos “torcedores” marginais! A certeza da impunidade é a principal raiz do problema. As câmeras ajudaram a identificar os torcedores, é verdade. Todos, porém, depois de cumprirem suas penas, voltarão às ruas para cometer novos tipos de crimes, porque não existe  interstício pós-pena, restringindo-os à frequência aos estádios, até passarem por uma avaliação psicológica, por exemplo. A culpa, em parte, é da Justiça  e dos recursos, tardando a puni-los e, quando o faz, os condena a pagar penas alternativas! Nesse caso específico, todos foram condenados por homicídio! 

Paulo Ricardo Gomes da Silva, tinha 26 anos quando teve sua vida literalmente “sanitarizada” pelo arremesso dp vaso, os  marginais travestidos de torcedores declararam que não tiveram a intenção de matá-lo. Seria risível, se o torcedor ainda estivesse vivo! Como os marginais poderiam ter arrancado um vaso sanitário, chumbado e parafusado no chão, transportá-los por vários metros, arremessado-o em cima dos torcedores que deixaram o Estádio não tivessem a intenção de matar ninguém? Talvez fosse apenas se divertir que os marginais torcedores queriam! Se fizeram tudo isso, “sem a intenção de matar”, já pensaram se tivessem a intenção de matar?  Teriam entrado com uma escopeta ou bazuca e tentariam entrar no Estádio. Só não conseguiriam porque os detectores de metal os teriam identificados antes e teriam sido barrados! Se não tivesse a intenção de matar ninguém, não deveriam sequer ter arrancado os vasos sanitários do Estádio, muito menos arremessado-o contra a torcida que, inocente, deixava o local. A única culpa que tivera o inocente torcedor, foi o de torcer comparecido ao campo e torcido pelo seu time do coração. Qual o crime que teria cometido o torcedor para ser-lhe tirado a vida!? A verdade é outra: todos tinham certeza que sairiam impunes do crime, mas as câmeras os pegaram e os identificaram. Todos foram punidos! 

Joelma da Silva, mãe da vítima, desmaiou e foi levada para o posto médico do Fórum e depois seguiu para casa. O pai de Paulo, José Paulo Gomes, disse que sua família ainda está destruída pela morte do filho e garantiu que toda a sociedade clamava por justiça pelo que aconteceu. Embora alguém que participou do julgamento tenha anunciado que a sentença tenha sido um duro golpe contra os marginais travestidos de torcedores, tenho dúvidas se essa sentença será mesmo o fim da marginalidade nos Estádios de Futebol!

2 comentários:

  1. Futebol é um esporte no Brasi uma esoecie de religiaol. Eu conheço pessoas que brigam pelos seus times. Se formos ver a maioria doa que gostam muito de futebol: Lamentavel.

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  2. João Correia/Jornalista28 de outubro de 2015 às 13:58

    O Brasil deveria urgentemente estruturar seus presidios e adotar à prisão perpétua com trabalhos forçados. ...caso contrário. ..mais juízes e autoridades do judiciário continuarão a morrer junto com o povo.....

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