Perguntei se a
enfermeira Fernanda ainda trabalhava no Prontocord e a atendente disse-me que
sim. Contei como se deu meu conhecimento com a enfermeira chefe. Chegou minha
vez e avisei: “vocês terão dificuldades
para encontrar veia em mim”. “Mais outro”, disse-me uma delas. Minutos
antes também tiveram dificuldades para encontrar veia no braço de uma senhora.
Sentei na confortável poltrona.
Das “ Sete Vampiras”, musica
gravada pelo cantor e ator Leo Jaime, tema de abertura da novela VAMP exibida pela
Rede Globo de Televisão em 1991 e de um
filme (não sei se antes ou depois), duas tentavam encontrar com dificuldades
uma veia em meu braço, como avisei que teriam. Procuraram em um; depois, outro. E nada! Até que uma delas se animou como se
estivesse comemorando um gol “encontrei uma. Posso furar? Pode, mas
espero que não estoure! Apontei e
disse: “Tenho uma aqui no meio do braço.
Essa é uma veia profunda e talvez
consigam encontra-la”. Com uma luva, apalparam. Encontraram outra mais fina
e decidiram meter a agulha. Pegou a veia, começou a sair sangue, mas extravasou.
- Vamos tentar nesse outro braço, disseram
as duas pessoas que tentavam encontrar, sem que estourasse na coleta. Elas, estavam
com roupas brancas e batons vermelhos. Não conseguiram no outro braço. Também
não o furaram.
-Achei
uma aqui onde ele disse que existia. Vou tentar de novo!
Usando uma agulha fina de bebê, começou a sair sangue. Extravasou novamente. Encontraram outra e extravasou
mais uma vez. “Vamos ver no pé agora”.
Para quem já foi operado em SP sem
anestesia, no pé não terá problema, disse. Encontraram uma veia no pé,
furaram, mas também extravasou. Cansadas, uma delas telefonou para alguém e
pediu socorro. Uma terceira vampira do bem entrou na sala e tentou, tentou e
furou de novo e conseguiu retirar dois frascos de sangue suficientes para
realizar os exames que o médico pediu. Fernanda,
finalmente conseguiu com uma só agulhada, estava usando um batom
roxo e, olhando-a atentamente, lembrei mais
uma vez da música de Leo Jaime, “As sete Vampiras”. Das sete da música, só estavam três tentando retirar meu sangue e
a Fernanda com batom roxo, conseguiu!
“Pronto,
acabou”, disse-me ela. Levantei da poltrona com sete adesivos que
tapavam as agulhadas que recebi nos braços e nas pernas.
Estava feliz, porém. Finalmente
das sete vampiras da música do Leo
Jaime, três me atenderam e a Fernanda, conseguiu retirar meus dois frascos de
sangue.
Depois, uma quarta pessoa
entrou e foi tratada por “doutora”
pelas três que lá estavam. Essa quarta parecia ser enfermeira chefe ou seria a médica que examinaria
meu sangue, ou só teria entrado para ver quem seria o paciente da UNIMED que tinha tenta dificuldades para encontrarem
veia no braço dele?
Maravilhoso Carlos Costa, seu talento é demais!!!!
ResponderExcluirParabéns, muito bom o texto.
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