sábado, 10 de dezembro de 2016

FAÇAM O QUE FIZ, NÃO FAÇAM O QUE DIGO!


“Façam o que eu fiz, mas não façam o que digo.”

Deve ter sido esse o recado que desejou passar aos eleitores do Brasil, o senador por Alagoas Renan Calheiros. Ele desacatou uma ordem do STF, foi mantido no cargo, ficará impedido de entrar em campo para substituir o presidente Michel Temer na linha sucessória natural. Renan, depois de fazer tudo isso, garantiu que “ordem da Justiça, principalmente no STF, não é para ser discutida; mas, cumprida”, Por que vossa excelência, não a cumpriu e recorreu depois, como recomendou aos eleitores Brasil? É...do Brasil porque vossa excelência foi eleito pela linda terra de Alagoas, mas representa os interesses do Brasil! O senador debochou do Judiciário, defecou na cima da liminar do Ministro Marco Aurélio Melo e só não limpou os fundilhos porque não entrou no banheiro do senado para se esconder do Oficial de Justiça que tentava intimá-lo!

Se o senador Renan Calheiros, réu no STF, não tem moral para substituir o presidente Michel Temer, pela função do cargo que ocupa agora, como ele teria moral para continuar comandando o Senado da República do Brasil? Demagogia, hipocrisia, desrespeito aos eleitores que marchavam em “indecisos cordões” exigindo aos gritos “fora Renan”!  Os ministros do STF, frustraram a todos que queriam a saída dele do cargo. Decidiram  mantê-lo e impedi-lo de entrar em campo para chutar a bola. Os Ministros do STF deram mais um nó na cabeça de juristas renomados, interpretando de forma equivocada a Constituição e criando mais um “penduricalho constitucional” para ser  resolvido  mais na frente, Os Senado e o ministro presidente do STF na época, Ricardo Lewandowski, declararam  a presidente Dilma Rousseff de continuar comandando o Brasil, mas permitindo que continuasse com seus direitos políticos intactos.

Diante da louca ginástica interpretativa do texto constitucional e permitindo que Renan Calheiros continuasse no cargo o também senador da Rede Sustentabilidade, o mais votado no Estado do Amapá, Randolfe Rodrigues, nascido em Garanhuns-PE e registrado com o nome de Randolph Frederich Rodrigues Alves garantiu: “foi o mais lamentável episódio de flagrante desrespeito à instituição do Poder Judiciário”.


Senhor condutor dessa nave louca que transporta a frágil e debilitada democracia política do Brasil,  desligue a máquina.  Desembarcarei na próxima parada!

6 comentários:

  1. Joaquim G. Gomes/Portugal10 de dezembro de 2016 às 10:55

    O lógico, isto é! No tempo em que grandes senhores tinham como marco principal na vida o seu bom nome e a sua palavra honra, o que se dizia era:-- "Façam como eu digo, não façam como eu faço!".
    Isto porque bons faladores, sempre existiram e existirão. Mas bons cumpridores nem tanto!
    Significa que um bom orador, nem sempre é um bom cumpridor.
    Pelo andar da carruagem, logo se Deus se vê quem lá vai dentro! Ou ainda:--muita conversar é sinal de pouca obra. Gostei do seu artigo meu caro amigo Sr. Costa. Abraço

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  2. José Fernandes Barros10 de dezembro de 2016 às 10:59

    Gostei do texto.

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  3. Palmas, Carlos Costa
    Suas crónicas transformam o que parece complicado em uma coisa tão simples que chega a surpreender!

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  4. Seguindo decisão do STF no caso do Renan Calheiros, o STJD decidiu que toda vez que um jogador for expulso em uma partida de futebol e ele não quiser sair, ele pode ficar em campo, mas ele não pode fazer gol...

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  5. Meu caro Carlos Costa, realmente, as suas colocações são lúdicas e de uma felicidade impar. O tal Renan Calheiros, fez de pinico o nosso judiciário. Parabéns pela matéria.

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  6. Meu caro Carlos Costa, realmente, as suas colocações são lúdicas e de uma felicidade impar. O tal Renan Calheiros, fez de pinico o nosso judiciário. Parabéns pela cronica.

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