“O saber sem um fim social será a maior das futilidades”. Mais do que emblemática, é precisa a frase do educador Paulo (Regius Neves) Freire, nascido em Recife e falecido em 1977 em São Paulo, o “Patrono da Educação Brasileira”, criador do método concreto de ensinar, a partir da realidade vivida pelo aluno, foi perseguido, mas, depois do Golpe Militar de 1964 no Brasil, foi exilado na Bolívia e posteriormente trabalhou no Chile por cinco anos, dentro Movimento de Reforma Agrária da Democracia Cristã.
Mesmo assim, o Governo Militar não o apagou da história e, durante seu exílio, no Chile, publicou “Educação como Prática da Liberdade”. Paulo Freire foi o brasileiro mais homenageado da história, recebendo 41 títulos de Doutor Honores Causa de universidades de Havard, Cambridge e Oxford, e é considerado um dos pensadores mais notáveis na história da pedagogia mundial, tendo influenciado o movimento da pedagogia crítica, até os dias de hoje.
Impresso no diploma, a frase de reconhecimento “à sua contribuição inestimável na luta contra todas as formas de discriminação e pela defesa das Políticas Sociais no Estado do Amazonas”, pelo Dia do Assistente Social, ofertado pela Assembléia Legislativa do Estado, através dos deputados estaduais Luiz Castro e Sinésio Campos, autores da propositura. O diploma foi entregue também a mim, jornalista e assistente social e ex-professor da Faculdade Nilton Lins, atualmente aposentado, em um Auditório parcialmente lotado. O recebi com muito orgulho. Também foi homenageada na mesma solenidade, com o mesmo diploma e os mesmos dizeres de Paulo Freire, a professora Lucimar Well, educadora social, militante e administradora de ONGs sociais.
Como não consigo republicar as 10 obras esgotadas, decidi colocar as mais conhecidas nas redes sociais, para não serem transformadas em meras “futilidades do saber” porque estou devolvendo à sociedade, em forma de livros de pesquisas e de crônicas, todo o conhecimento que adquiri em dois cursos superiores, pela Fundação Universidade do Amazonas.
Alguns de meus livros mais conhecidos e divulgados, decidi socializar com todos, através dos blogs carloscostajornalismo.blogspot.com e três deles, publicados integralmente gandavos.blogspot.com, no Estado de Pernambuco - O HOMEM DA ROSA,(indicado ao prêmio Jabuti de 1998) DE JORNALEIRO A JORNALISTA – UMA HISTÓRIA DE VIDA e O CAMINHO NÃO PERCORRIDO – a trajetória dos assistentes sociais masculinos em Manaus (que merecerá uma reedição pela Editora da FUA, até o final deste ano), porque os conhecimentos que obtive como jornalista e mais profundamente como assistente social não podem e nem devem ficar restritos a mim mesmo, mas divididos socialmente com quem precisa deles, mesmo que seja só pela internet, meu único meio de comunicação atualmente.
Durante a solenidade foram homenageadas, também as professoras doutoras em serviço social, Márcia Perales Mendes da Silva, atual reitora da UFAM e a Iraíldes Caldas Torres, diretora da Editora da FUA, com receberam placas de reconhecimento pelos trabalhos que desenvolvem ao longo de suas trajetórias profissionais e autoras de vários livros publicados.
Em meu discurso de improviso, agradeci à homenagem prestada pelos deputados Luiz Castro e Sinésio Campos, destaquei que sem minha esposa, o anjo protetor ao meu lado, já estaria morto. Reconheci que Paulo Freire estava corretíssimo e, por isso, seguindo sua lógica de raciocínio, decidi disponibilizar meus conhecimentos a qualquer pessoa que possua um acesso à internet, mesmo que ainda muito ruim e cara no Brasil, embora o Governo Federal tenha anunciado que até o final do ano passado estaria funcionando internet com banda larga a R$ 29,90 reais em várias regiões do país e de excelente qualidade o que, até hoje, infelizmente, não aconteceu.