Comerciantes presos atrás de áreas com grades ou vidros blindados, cadeados e outras coisas mais que lhes sirvam de proteção e os bandidos soltos, desfilando, como se fossem meros pacatos cidadãos.
É o fim da picada!
E isso tudo acontecendo na cidade de Franca, em São Paulo, enquanto a polícia fica sentada na praça, “dando milho aos pombos”. Franca, “a Capital Nacional do Calçado”, superando inclusive a produção da América Latina, com uma área de pouco mais de 607 mil k2 em Zona Urbana e uma população de 318.795 habitantes (dados de 2010), com uma economia voltada à agricultura, centro de uma das mais importantes regiões produtoras de café do mundo, está refém de bandidos, de assaltantes que atiram antes e perguntam depois, com a polícia à mercê da bandidagem.
Mesmo sendo uma região considerada rica, com parte de sua produção de café sendo comercializada por meio da COCAPEC - Cooperativa de Cafeicultores e Agropecuaristas, que reúne inúmeros agricultores da região e participa das diversas etapas produtivas e de distribuição do café, a cidade de Franca continua refém de marginais armados, obrigando os comerciantes a viverem atrás das grades, e os bandidos soltos, enquanto a polícia fica sentada no banco da praça, como diz a letra de uma música.
Pode até ser que não seja bem isso; mas essa é a impressão que temos! E o que é pior é que boa parte desta violencia é devido ao crack, esta maldição que está se alastrando no país, e que não encontra barreiras sociais, educacionais, de sexo, de origem....
A cidade de Franca ainda é, de certa forma, tranquila. Ela não vive a base de 'fogo cruzado', como a mídia as vezes deixa transparecer, mas há muito deixou de ser aquela cidadezinha em que em que se colocava as cadeiras do lado de fora, na calçada, enquanto os homens tomavam a fresca, as mulheres conversavam e seus filhos brincavam. Essas brincadeiras hoje não existem mais em Franca...deve ser sinal de modernidade. Mas que modernidade é essa...?
Franca, era uma pacata cidade do interior paulista, que tem localizado em sua zona norte, o Parque Vicente Leporace, composto por casas populares construídas no final do século XX. Hoje o bairro conta com escolas, creches, unidades de saúde, quadra poliesportiva, bibliotecas, além disso tem como via principal a Avenida Doutor Abraão Brickmann. Tem atualmente o maior corredor de compras da cidade com aproximadamente 200 lojas. Todas elas, ou parte delas, já devem ter sido vítimas de assaltos, arrombamentos, enquanto a polícia – repito de novo – fica sentada no banco da praça, “dando milho aos pombos”.
A situação, complexa, porém, está se tornando insuportável! Ao ponto de a Rede Globo veicular esse assunto para todo o Brasil.
Uma solução enérgica e urgente precisa ser dada.
Não é mais possível a população, que paga que seus impostos, que contribui para a despesa municipal, que sustenta toda a máquina administrativa, ficar refém de bandidos que assaltam, violentam, agridem e matam pessoas inocentes, enquanto a polícia fica inerte.
Ou não é bem isso o que ocorre em Franca, uma pacata cidade do interior de São Paulo, considerada um modelo de tranqüilidade?
Custa-me a acreditar que uma cidade de poucos habitantes e uma grande arrecadação não seja capaz de viver em paz!
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