segunda-feira, 7 de março de 2011

SEXO, AMANTES E LARES DESTRUÍDOS



                               Lavínia, vítima inocente de um lar destruído, vítima de uma amante ambiciosa, raivosa e irresponsável. Devido ao fim do relacionamento encerrado com o amante, um professor de educação física na Escola em que Lavínia estudava, a amante abandonada decidiu se vingar na pequena e sorridente Lavínia, matando-a com um cadarço de sapato preso ao pescoço e sufocada por um travesseiro. Muitas coisas ainda precisam ser esclarecidas pela polícia gaúcha, mas não é sobre a morte de Lavínia o tema de minha crônica de hoje. Vou escrever sobre lares destruídos por amantes!
                   Vítima de fato semelhante quase causou a destruição de meu lar. Passei meses separados de minha esposa, a quem eu amava demais e a amo  ainda mais agora. Eu tinha uma amante; não era possessiva, mas não deixava de ser uma amante, assim mesmo. Pensei que a amante poderia substituir a esposa. Isso, contudo, não é verdade, nunca acontece! Felizmente, percebi isso à tempo de reconstruir meu lar, ainda hoje meio destroçado, pois sempre restará um rastro de destriuição.
                   Um lar destruído por uma amante nunca mais se recompõe, pois a amante pode encontrar um novo amante e depois outro amante e assim seguir sua vida, até se dar bem na vida. A amante nunca será como uma esposa. Mas eu estava vivendo o ápice do amor por minha amante e não era capaz de enxergar isso. Estava totalmente cego para a vida e para o mundo!
                   Hoje, posso falar sobre isso publicamente. Já recebi o perdão de minha esposa e agora posso dizer para vocês leitores do meu drama e sua solução. Não tenho mais nada a esconder!
                   Escondi isso de minha esposa por meses, mas de nada adiantou, ela descobriu, confrontou-me com minha amante, e naquele momento eu e ela negamos tudo. Mas continuou investigando e descobriu o que eu tentava esconder. A mulher sempre percebe quando o homem tem uma amante. Não adianta esconder!
                   Digo, hoje, do fundo do coração, que um amor verdadeiro, uma esposa, não se troca como se estivesse trocando uma roupa porque um novo lar jamais será reconstruído sobre os escombros de um lar destruído. O novo lar pode e vai ruir de novo. Sempre teremos vários e incontáveis exemplos. Uns mais trágicos. Outros, nem tanto, mas sempre haverá uma conseqüência por mais que se queira esconder, usar subterfúgios porque as esposas sempre descobrirão.
                   Minha esposa, compreensiva e de bom coração, entendeu o que eu fiz e voltou para casa! Hoje falo com ela abertamente sobre isso, mas de vez em quando temos ainda alguns problemas. Mesmo um lar como o meu pode ser reconstruído, mas sempre restará uma suspeita, uma dúvida, uma constante desconfiança porque qualquer deslize será motivo para brigas, ofensas desagradáveis, palavras que se disse sem querer dizer e pedidos constantes de desculpas.
                   Voltemos ao tema inicial de minha crônica: a falta de diálogo entre as famílias, excesso de bebidas ou quaisquer outros motivos que sejam imaginados, criados ou inventados!
                    Hoje, o casamento, a convivência a dois sempre vai pressupor o diálogo para se superar as barreiras da vida.  Temos que conversar mais, se entender mais, amar mais, enfim. Chega da hipocrisia de que tudo está perfeito entre marido e mulher porque nunca está. Nunca estará!


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