Cenas de sexo explícito gravadas por celulares e postadas na internet; cenas de sexo em frente às câmeras de vídeo; cenas de sexo dentro de uma sala de aula; cenas de sexo de uma menina de 11 anos...todos os tipos, meios e modos estão sendo expostas pelos jovens com cada vez mais frequência e faixa etária menor, na rede mundial de computadores, a Internet. O mais incrível foi uma adolescente de 11 anos fazendo sexo com outro adolescente e depois postando tudo na internet.
Tudo tem direito e um limite, e o limite termina quando começa o direito do outro! Como pesquisador, sei que não se deve ver isso. E quando decidi pesquisar, escrever e publicar o livro A CIDADANIA COMO FATOR DE RESGATE SOCIAL, o fiz porque a resposta de meu aluno me inpactou.
Dentro do projeto Serviço Civil Voluntário, desenvolvido para jovens carentes, de baixa renda e fora das salas de aula, havia palestras de vários tipos e temas para jovens de 12 s 18 anos. Estava eu palestrando sobre “Projetos de Vida” para uma turma de 240 alunos.
Deixei no ar uma pergunta: “Qual seu projeto de vida para o futuro?”
- Amanhecer vivo, professor!
A resposta desse garoto de 12 anos apenas, que vivia nas ruas e cheirava cola, fumava crack, cigarro e talvez fizesse consumo de cocaína também, me incomodou tanto que decidi fazer uma pesquisa científica e séria sobre o assunto. Em um primeiro momento, entendi o porquê da resposta tão direta e conclusiva de meu aluno e entendi as suas razões, mas isso me causou um impacto tão grande que decidi conhecer melhor o universo de “meninos que vivem nas ruas” e saí para pesquisar, fazendo um contraponto com a nossa Constituição.
Hoje, confesso aos leitores, sinto saudades das disciplinas de Organização Social e Política do Brasil e Educação Moral e Cívica, não reprovativas, mas que foram criadas pelo extinto regime militar. E como tudo que foi criado no Governo Militar, hoje não presta mais! Eram duas disciplinas muito úteis por sinal e deveriam ter sido riscadas do rol de disciplinas. Hoje, as escolas não podem reprimir, repreender, chamar a atenção e também não dispõem de disciplinas que possam dar um norte para os jovens rebeldes sem causa.
Durante minha pesquisa, tive a oportunidade de constatar que nem crianças de rua e muito menos universitários do primeiro período – salvo alguns da área do Direito -, conseguem definir direitos e deveres. Isso está na Constituição, em seu artigo quinto e seus vários parágrafos. Mas quem já leu a Constituição?
Na época que existia OSPB e Moral e Cívica ao menos os alunos aprendiam alguma coisa sobre direitos e deveres, como se constituíam os poderes públicos, enfim, não se precisava ler a Constituição porque tudo estava nos livros que publicavam nessa época.
Mas voltemos ao tema inicial de minha crônica, a permissividade exagerada dos jovens, muitos só querendo ganhar fama perante as “menininhas”; outros, só para se exibirem mesmo, mas enfim, cada um com seu motivo íntimo que se torna publico!
As cenas de sexo explícito estão circulando pelo mundo todo, causando prejuízos e constrangimentos às pessoas que se permitiram participar dessa permissividade exagerada e dessa exposição prejudicial e desnecessária!
Como já afirmei várias vezes, todos têm o direito de serem ridículos, mas ninguém tem o direito de expor outras pessoas a papeis ridículos!
Enfim, todos têm o direito de responder como meu aluno fez, mas ninguém tem o direito de matar uma jovem de pouca idade em troca de uma fama que vai durar no máximo algumas olhadas.
E o pior de tudo é que a cena de sexo entre alunos foi gravada dentro de uma sala de aula, local que deveria ao menos receber mais respeito. É uma pena que extinguiram OSPB e Moral e Cívica e nada deixaram em seu lugar. É por isso que a Educação está virando um caos e ninguém percebe isso!
A licenciosidade também tem limites!
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