Do asfalto escuro, mais
escuro que a noite que estava escura mesmo com as fogos e a euforia da chegada do
ano de 2017, convidados à comemoração da chegada do novo ano, recolheram cinco periquitos estressados pelo
barulho dos foguetes e os trouxeram para o meu apartamento no Mundi, Dei-lhes água, descansaram um pouco e voaram
para cumprir sua missão de ser livres bailando para um lado e para outro e cantando.
Contudo, devido as suas
cores verdes, amarelo e com uma estrela branca na testa, os observando
ofegantes e com o coração batendo muito aceleradamente, os vi tristes. Dois anos depois da primeira morte de mais de 200 periquitos de uma só vez, mesmo sem
foguetes para estressá-los, porque era outubro, ainda não divulgaram o real
motivo de suas mortes: se envenenados ou alguma coisa pior. Alguns poucos que caíram das árvores, onde
dormiam tranquilo, morreram esmagados pelos carros apressados para chegar não
sei em qual lugar, se o destino de todos será a morte do corpo. O progresso
realiza fenômenos estranhos e interessantes: produz novos sonhos e destrói
lembranças antigas que não voltarão nunca mais.
Ao vê-los descansando na
fruteira onde os coloquei me peguei penando em como seria o ano de 2017? Seria
um ano bom, será um ano pior do que foi
o de 2016? Não sei! Não tenho bola de cristal, não sou adivinho, mas nos
periquitos verdes, amarelos e com estrela branca na testa encontrei as
possíveis respostas: viveremos um ano de 2017 complicado, confuso, difícil em
todas as áreas. Como os periquitos que receberam água e não morreram, depois
seremos livres e voaremos para cantar e respirar, sobrevivendo para alcançar um
ano de 2018, talvez um pouco melhor!
Dentre os convidados
que recebi estavam o Dr. Ramiro Pereira, dentista que trabalhou três anos no
SEST/SENAT, durante a administração que
fiz como diretor; Erika Evelin, que
disse que gostava de ler as crônicas que escrevo. Estiveram presentes, também,
um casal que frequenta a Igreja Batista do Município de Parintins, terra s bois Garantido e Caprichoso.
Durante a
agradável conversa na varanda: “lá em Parintins, vimos isso todos os
dias. Moramos um pouco longe da sede e
viajando pela estrada, sempre nos deparamos com diversos tipos de bichos
andando na estrada: periquitos, macacos
e muitos outros”. Em 1968, depois
que deixei a comunidade do Varre-Vento e quando retornei para a capital onde nasci, para
continuar os estudos, via muitos animis livres, que foram expulsos pelo progresso.
Hoje, meus periquitos vivem
em uma árvore que avisto pela janela da cozinha!
Linda memória...Lindo texto...
ResponderExcluirLembro me do varre vento.
Parabéns pelo gesto seu nobre irmão
ResponderExcluirGostei vou compartilhar.
ResponderExcluirMuito especial Carlos
ResponderExcluirSalvador de periquitos...
ResponderExcluirQuem salva aves é semeador da liberdade
Palmas pela analogia comparstivs
ResponderExcluirA VC.Carlos Costa,toda a felicidade do mundo,grandes e boas lembranças dá nossa Juventude que Deus sempre o abençoe juntamente com seus familiares,forte abraço AMIGO.
ResponderExcluirUma noite agradável na companhia da sua família.
ResponderExcluirPalmas...
ResponderExcluirEste é o preço de um crescimento desorganizado e cheio de interesses particulares.
ResponderExcluirVc foi dez, amei III, Parabéns, 2017 repleto de realizações e paz
ResponderExcluirAmigo ponto positivo pra nós que começamos salvando vidas.
ResponderExcluirEsta titude das pessoas da Efigennio Sales foi muito cruel, infelizmente essa consciencia de meio ambiente saudável ainda não desenvolvemos. O que levaremos ao tumulo acaso serão as grandes mansoes ou os tijolos, pedras e ferros que as compõem? Digno de repudio essa loucura, e onde ficam os defensores da natureza?
ResponderExcluirJá começaste praticando um bom ato meu amigo Carlos Costa. Feliz Ano Novo!
ResponderExcluirMuitas bênçãos em sua vida.
ResponderExcluirQue texto/ relato lindo.
Muito obrigada.
Legal, mestre. Um excelente 2017 para ti e para sua família
ResponderExcluir